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O Hospital Centenário, que é referência para mais de um milhão de pessoas nos Vales do Sinos, do Caí e na região metropolitana, corre o risco de diminuir cada vez mais a sua capacidade de atendimento. Um cenário provocado pela insuficiência de verbas estaduais e federais. Atualmente, a Prefeitura de São Leopoldo assume 70% dos custos do Centenário. Um desequilíbrio que compromete também a saúde financeira e o investimento nas demais áreas do município. Para se ter uma ideia, a receita gerada pelo IPTU varia em torno de R$ 40 milhões, enquanto o custo anual do Hospital Centenário é de aproximadamente R$ 90 milhões por ano. Isso não pode acontecer.

É nossa obrigação esclarecer os fatos. É direito da população saber a verdade. Juntos, podemos combater esta injustiça.

ATENÇÃO AOS FATOS:
O Hospital Centenário tem uma despesa mensal de R$ 9 milhões; recebe do governo estadual R$ 255 mil, do federal R$ 2,3 mihões e o restante, cerca de R$ 6 milhões, a Prefeitura tem que bancar.
A Fundação Hospital Centenário acumula uma dívida de R$ 29 milhões.
O Hospital Centenário tem 867 funcionários e 200 leitos. Atende a 15 municípios, somente na neurologia, sendo que os recursos são integralmente repassados pela Prefeitura.
O atraso nos pagamentos de fornecedores, por falta de dinheiro em caixa, tem gerado suspensão de serviços e de medicamentos, deixando a população desassistida.
O Hospital Centenário é um hospital geral, de portas abertas, com atendimento de urgência e emergência. Na oncologia, é referência para 18 municípios em alta complexidade.
A Prefeitura está com um rombo financeiro mensal de R$ 7 milhões e não consegue pagar a folha do funcionalismo e nem mesmo cumprir com outras obrigações contratuais, por absoluta falta de receita.

ENTENDA OS FATOS: O QUE FOI FEITO EM 2018 E 2019
2018
Para que a casa de saúde, que completou 87 anos sem nunca ter fechado as portas, não entrasse em colapso imediato e deixasse de atender a comunidade do município e da região, foram necessárias diversas ações administrativas e de restrição de atendimento. A Fundação Hospital Centenário sofre com um déficit mensal que chega a R$ 6 milhões, sendo R$ 1,6 milhão diretamente de seus cofres, e o restante tendo que ser repassado pelo Município para cobrir somente a folha de pagamento, cofre que também está combalido. 
Em 2018, o Hospital Centenário recebeu do Governo Estadual a quantia de R$ 255 mil/mês, para atender a mais de um milhão de pessoas, já que é referência, em várias especialidades, para 18 municípios da região. Foi anunciado na época: Não dá para o hospital continuar atendendo com estes parcos recursos do Estado e a Prefeitura não tem mais como arcar com a folha de pagamento, o que ocorre há mais de 20 anos. É preciso, urgentemente, repactuar a situação do nosso hospital.
Além disso, existe o risco, iminente, do Centenário deixar de atender a outros municípios nas especialidades em que é referência, como a neurologia, por exemplo.  Na neuro, São Leopoldo atende  pacientes de 15 cidades, mas não recebe, desde 2007, qualquer valor para isso.
Enquanto isso, hospitais da região recebem 3, 4 e até 5 milhões, sem precisarem atender a outros municípios. 
Em nenhum momento o então Governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, nem titulares da Secretaria de Saúde, receberam a Prefeitura de São Leopoldo em diversas reuniões solicitadas para solicitação de verbas e para organização dos atendimentos para outros Municípios. 

Compare os recursos recebidos pelos hospitais da região em 2018:
O Centenário está praticamente abandonado pelo Governo do Estado.
* Hospital de Novo Hamburgo: 226 leitos | atende média e alta complexidade - R$ 3.344.727,44
* Hospital de Esteio: 160 leitos | atende média complexidade - R$ 2.041.807,00
* Hospital de Sapucaia do Sul: 175 leitos | atende média complexidade - R$ 3.916.101,00
* São Leopoldo: 186 leitos | atende média e alta complexidade - R$ 255.773,76

Nota emitida em 29/12:
Mesmo com boicote do Governo do Estado, São Leopoldo mantém atendimento no Hospital Centenário

A crise na saúde gerada pela falta de repasse de recursos do Governo do Estado e a insuficiência de verbas do Governo Federal motivou a reunião extraordinária, nesta sexta-feira, 29 de dezembro, entre o prefeito Ary Vanazzi e membros da Fundação Hospital Centenário, Secretaria Municipal de Saúde (Semsad) e Procuradoria Geral do Município. 
O Governo do Estado, mesmo com ordem judicial, não repassa a verba mensal R$ 235 mil ao Hospital Centenário, atrasada desde setembro. Outros municípios, contudo, tem recebido normalmente suas verbas, destinadas seletivamente. 
Mesmo com o quadro de crise gerado pelo boicote do governo estadual à Saúde de São Leopoldo, a Prefeitura manterá, com muito esforço, o atendimento à população no Hospital Centenário. Além disso, a Semsad recomenda que a população busque, preferencialmente, atendimento no Centro de Saúde da Feitoria e na UPA Scharlau nos casos que não forem de maior gravidade.

2019
Como o governo anterior, liderado pelo então governador José Ivo Sartori, manteve as portas fechadas para São Leopoldo, a partir de 2019, o Município reiniciou as tratativas em busca de repasses justos para o Hospital Centenário. Somente  no mês de março, a direção do Hospital  e a Secretaria Municipal de Saúde tiveram 3 reuniões com a direção e técnicos do Departamento de Assistência Hospitalar e Ambulatorial (DAHA), em busca da ampliação de recursos. Os encontros ocorreram nos dias 8, 15 e 19 de março, sendo o primeiro deles com a presença do prefeiro Ary Vanazzi, e os dois últimos com a participação de representantes da Unisinos.
Na reunião do dia 8 de março, o prefeito entregou à diretora do DAHA, Lisiane Fagundes, um documento com o relato da crise enfrentada pelo Hospital, e o pedido de um aporte de R$ 4 milhões, de forma emergencial, acompanhado do pedido de orçamentação, buscando garantir este repasse permanente mensal por parte do Estado. Lisiane Fagundes se comprometeu a estudar a proposta de São Leopoldo, deixando agendada nova reunião para a semana seguinte.
Contrariando as expectativas geradas na primeira reunião, no dia 19 de março, a direção do DAHA informou que não aumentará os recursos ao Centenário, e ainda sugeriu que o Hospital diminua seus serviços para equilibrar as contas. Vale lembrar que o Centenário é referência para 18 municípios dos vales do Sinos, Caí e Região Metropolitana, e tem uma despesa mensal de R$ 9 milhões. Recebe do Governo do Federal R$ 2,3 milhões e do Estado, R$ 255 mil, ou seja, apenas 2,83% do custo total. O restante, cerca de R$ 6 milhões, tem sido arcado pelo caixa do Município.
No dia 14 de março, a situação do Centenário foi exposta pelo prefeito à presidenta da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, deputada Zilá Breitenbach. Além de se comprometer a levar o assunto para o âmbito da Comissão de Saúde, Zilá prometeu fazer uma visita para conhecer de perto a realidade do Centenário. 
Reunião com a secretária Estadual de Saúde (Governador não abriu agenda para receber o Município)
Em reunião na Secretaria Estadual de Saúde, no dia 1º de abril, o prefeito Ary Vanazzi, o secretário de Saúde Ricardo Charão, e a presidenta do Hospital Centenário, Lilian Silva, foram recebidos pela secretária Arita Bergmann, que declarou que o Estado não enviará novos recursos ao Centenário. Segundo Arita, não existem recursos para construir qualquer contra-proposta ao Hospital.

DESEQUILÍBRIO NAS CONTAS
Existe um desequilíbrio que compromete a saúde financeira do município, relacionado ao percentual de investimento no hospital, advindo de cada um dos entes federados.
O Hospital Centenário tem uma despesa mensal de R$ 9 milhões, recebe do governo estadual R$ 255 mil, do federal R$ 2,3 mihões e o restante, cerca de R$ 6 milhões, tem sido arcado pelo município.  
* Comparativo dos valores recebidos por 3 hospitais da região, em relação ao Centenário.
· Hospital de Novo Hamburgo: 226 leitos, atende média e alta complexidade - R$2.740.727,44
· Hospital de Esteio: 160 leitos, atende média complexidade - R$ 2.011.807,00
· Hospital de Sapucaia do Sul: 175 leitos, atende média complexidade - R$ 3.884.476,60
· São Leopoldo: 186 leitos, atende média e alta complexidade - R$ 255.517,14
 ** Dados atualizados em janeiro de 2019.


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