São Leopoldo 200 anos - Bicentenário da Imigração Alemã no Brasil
A Prefeitura de São Leopoldo vem trabalhando e se preparando para as comemorações do Bicentenário da Imigração Alemã no Brasil, em 25 de julho de 2024. Diante disso, atua e trabalha de forma articulada para a construção de uma cidade ainda melhor, com investimentos em políticas públicas que vem transformando e qualificando a cidade para a data especial.
O Prefeito Ary Vanazzi instituiu através do Decreto nº 9.974, de 26 de outubro de 2021, a criação do Comitê do Bicentenário com a composição e participação de mais de 90 entidades, contemplando diversos setores da sociedade civil e do poder público municipal, possui o desafio de acompanhar e refletir sobre os desafios e metas com vistas ao Bicentenário.
Comissão Executiva
A Comissão Executiva do Comitê do Bicentenário é composta por 14 representantes, sendo 7 da sociedade civil e 7 do poder público. Tendo como atribuição gerenciar e acompanhar o trabalho executivo do Comitê, organizando agenda e as Comissões temáticas, aprofundando e encaminhando temas pertinentes.
Comissões Temáticas
O Comitê do Bicentenário também é estruturado nas seguintes comissões temáticas:
-Comissão dos Historiadores;
-Comissão de Comemorações e Eventos;
-Comissão de Desenvolvimento Econômico;
-Comissão de Promoção da Cidade;
Comissões temáticas que tem como objetivo aprofundar os respectivos temas e gerar proposições para a Comissão Executiva em preparação ao Bicentenário até 2024.
Identidade Visual do Bicentenário
A elaboração da logomarca oficial da identidade visual do Bicentenário, levou em conta os 200 anos da formação de um município que teve sua história escrita por pessoas de diferentes culturas e etnias. Cada capítulo foi construído à base de muito trabalho e sempre projetando um grande futuro para a cidade e seus moradores. Berço da colonização alemã no Brasil, a cidade faz parte do processo de todo o desenvolvimento regional.
A proposta foi desenvolvida com a intenção de valorizar o que já foi desenvolvido na cidade durante seus 200 anos e a partir de tudo que foi feito e está sendo realizado é que São Leopoldo vai continuar pujante e evoluindo.
Dentro dessa perspectiva, foi elaborada pela Superintendência de Comunicação com a agência de publicidade Engenho de Ideias, com as adequações propostas na reunião de marco e a nova proposta contendo os ajustes apresentada e aprovada após discussões em 9 de maio de 2022, na reunião da Comissão Executiva do Bicentenário.
A marca apresenta o número duzentos preenchido por elementos gráficos que contam uma linha do tempo. Alguns objetos estarão presentes na marca para contar a história e apontar o futuro. De maneira estilizada como o monumento do Imigrante, o antigo prédio da Unisinos, a Igreja do relógio, elementos do trabalho como a enxada, a bigorna, ou pé de moleque do sapateiro, o monumento do Sesquicentenário e outras imagens que remetem ao trabalho coletivo na construção da cidade e ainda apresenta grafismos mais atuais dando ideia do futuro que está sendo construído.
Contexto histórico
Em 1824 a população do Rio Grande do Sul era em torno de 60 mil pessoas, sendo uma região escassa em produção de alimentos e em formação militar para combate.
Na região que compreende a antiga Colônia Alemã de São Leopoldo originariamente viviam os índios Kaigangs e Carijós. Em meados do século XVIII com o povoamento açoriano no Sul do Brasil, a coroa portuguesa estabeleceu em várias regiões algumas fazendas estatais de gado, produção de alimentos, cordoaria para navios, etc, para consolidar a colonização e ocupação do território.
Onde é hoje São Leopoldo, mais precisamente no bairro Feitoria, em 1788, foi fundada então, a Real Feitoria do Linho Cânhamo, que cultivava o cânhamo para a produção de cordas para navios. Esse empreendimento chegou a contar com aproximadamente 300 escravos africanos, no entanto por uma série de dificuldades e má gestão o empreendimento não prosperou e não desenvolveu a região, sendo desativado pouco tempo antes da chegada dos imigrantes alemães e os escravos distribuídos em outras fazendas do governo.
Nesse sentido, com o intuito de povoar e desenvolver a região o Governo Imperial do Brasil estimulou a vinda de imigrantes alemães para o Sul do país. Os primeiros imigrantes chegaram a Porto Alegre, capital da província de São Pedro do Rio Grande, em 18/07/1824. Logo, foram enviados para a Feitoria do Linho Cânhamo pelo Rio dos Sinos.
Em 25/07/1824, esses primeiros imigrantes, num total de 39 pessoas, sendo 33 evangélicos luteranos e 6 católicos, chegaram ao seu destino. Essa é a data da fundação de São Leopoldo, de onde vem o título “Berço da Colonização Alemã no Brasil”, reconhecida pela Lei Federal n.º 12394/2011.
Eles foram instalados na provisoriamente na casa da Feitoria, única construção da região que tinha condições de abrigá-los, até que recebessem seus lotes coloniais. O Governo da Província batizou o núcleo de imigrantes de” Colônia Alemã de São Leopoldo” (homenagem ao santo padroeiro da Imperatriz Leopoldina), a qual se estendia por mais de mil quilômetros quadrados, abrangendo na direção sul-norte, de Esteio até Campo dos Bugres (hoje Caxias do Sul), e em direção leste-oeste, de Taquara até o Porto dos Guimarães, no rio Caí (hoje São Sebastião do Caí).
Aos poucos, outros imigrantes ocuparam os vales do Rio dos Sinos, Cadeia, Caí e Paranhana, lançando progresso através da dedicação ao trabalho e a diversificação produtiva, tendo em vista que os alemães dominam diversas técnicas de várias profissões, como sapateiros, alfaiates, carpinteiros, ferreiros, etc, fato que possibilitou o desenvolvimento do embrião industrial das regiões em que se instalaram. Esse desenvolvimento possibilitou que a Colônia Alemã de São Leopoldo se emancipasse de Porto Alegre, em 01/04/1846, sendo elevada à categoria de Vila.
Após a emancipação, São Leopoldo continuou crescendo e se desenvolvendo, tanto é que em 1865 recebeu a visita de D. Pedro ll. Em 1873, foi construída a ponte sobre o Rio dos Sinos e em 1874 foi inaugurada a primeira linha férrea da província, ligando Porto Alegre a São Leopoldo. Alguns anos mais tarde foi estendida até Novo Hamburgo e depois até Taquara e por último Canela. Assim, São Leopoldo converteu-se num entreposto comercial entre as zonas coloniais mais distantes e a capital, em que os colonos entregavam suas mercadorias produzidas para serem vendidas na capital e importavam da mesma mantimentos e equipamentos que não dispunham.
Assim sendo, essa forte tradição germânica deixou marcas profundas em várias áreas de nosso município, como na arquitetura, na religião, na educação, nas tradições e costumes. Como podemos verificar nos clubes de canto, de ginástica, de bolão e de caça e tiro, nas instituições de ensino católica e luterana, na gastronomia, nas festas populares como as oktobers e kerbs, etc.
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