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Organizações da Sociedade Civil (OSCs) representam São Leopoldo no "1º Encontro Nacional do Programa Cozinha Solidária: uma política pública em construção"
19/11/2024
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Créditos: Divulgação/MDS
Nos dias 12 e 13 de novembro, ocorreu em Brasília o “1º Encontro Nacional do Programa Cozinha Solidária: uma política pública em construção”. Esta é a primeira iniciativa formadora do programa nacional, que visa o combate à fome e à insegurança alimentar no Brasil fomentando a aproximação entre sociedade civil, Governo Federal e as instituições, por meio das trocas de experiências. A programação do encontro contou com mesas de discussões, grupos de trocas de conhecimentos e experiências, oficinas temáticas e atividades culturais.
O município teve representantes através da Associação Meninos e Meninas de Progresso (AMMEP) e da Cozinha Social Arcanjo São Miguel. A AMMEP é uma das entidades gestoras do Programa Cozinha Solidária e foi selecionada para tal através de edital do Governo Federal. As entidades tiveram a viagem custeada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e Fiocruz.
Carolina Cerveira, chefe do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional e Apoio a Iniciativas Comunitárias da Secretaria de Assistência Social, analisa de forma positiva a participação do município no evento. “Com isso, a rede de segurança alimentar e nutricional de São Leopoldo se fortalece e o enfrentamento da fome se materializa com alimentação saudável, de forma descentralizada, com acolhimento e apoio social”, explica Carolina.
São Leopoldo já pavimenta o caminho pelo fim da insegurança alimentar há um longo período, através de iniciativas municipais como o São Léo Mais Comida no Prato, programa de combate à insegurança alimentar, da Secretaria de Assistência Social (SAS). Mais de 30 cozinhas sociais já participaram do projeto, que distribui mensalmente mais de 20 mil refeições para a população. O município tem uma participação importante no Programa Cozinha Solidária: das 86 Cozinhas Solidárias do Rio Grande do Sul, 11 estão em São Leopoldo.
Fabiane Bernardo da Silva, coordenadora da AMMEP, conta como foi construído o debate durante o 1º Encontro Nacional do Programa Cozinha Solidária e as expectativas a partir do evento. “Foi possível dialogar com diferentes representantes de municípios e entender a experiência deles com as cozinhas solidárias e os equipamentos de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN). Através destas trocas, pensamos em discutir sobre a possibilidade da criação de um Fórum das Cozinhas Solidárias aqui no nosso município, para poder fortalecer cada vez mais as iniciativas”, relata Fabiane.
O programa também traz avanços na destinação de recursos às Cozinhas Solidárias, como explica a coordenadora da AMMEP. “O Programa Cozinha Solidária possui um diferencial, o recurso é destinado diretamente às cozinhas solidárias e as mesmas podem optar qual a melhor forma de uso deste valor conforme necessidade. Ou seja, o recurso pode ser utilizado para compra de equipamentos, utensílios, reformas e melhorias nas cozinhas, compra de insumos e outros materiais correlatos, além da possibilidade de remuneração dos voluntários. Acreditamos ser um grande avanço para as cozinhas solidárias do nosso município”, conta com entusiasmo Fabiane.
As novidades na destinação de recursos também são celebradas pela Secretaria de Assistência Social, como explica Carolina Cerveira. “O Programa Cozinha Solidária vem ampliar recursos e qualificar o trabalho desenvolvido pelas cozinhas sociais em São Leopoldo. O acesso à alimentação tem sido fundamental, principalmente durante a calamidade pública ocasionada pela enchente e neste período de reconstrução da cidade. Além disso, as cozinhas são pontos de referência para as famílias, onde também são desenvolvidas ações em parceria com a assistência social, educação, saúde, universidade, dentre outras”, explica.
O combate à fome e à insegurança alimentar no Brasil ainda apresenta muitos desafios, que o Programa Cozinha Solidária visa sanar, como avalia Fabiane. “Os principais desafios estão relacionados com a necessidade do apoio financeiro para os voluntários que dão todo o suporte às cozinhas. Não é viável manter um serviço exclusivamente com trabalho voluntário, sendo essencial o apoio financeiro para garantir a sustentabilidade da atividade. Afinal, os voluntários também precisam se sustentar”, analisa.
Na volta para São Leopoldo, o desafio será colocar em prática as trocas de aprendizado do evento, junto à Secretaria de Assistência Social. “Nossa intenção é fomentar a socialização das experiências vivenciadas pelo grupo participante, integrantes da Associação Meninos e Meninas de Progresso (AMMEP), entidade gestora do programa em São Leopoldo, e da Cozinha Social Arcanjo São Miguel, localizada no Bairro São Miguel. Além disso, será possível otimizar momentos de formação e manter diálogo permanente com outras cozinhas solidárias e com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome para enfrentar a insegurança alimentar de forma articulada entre diferentes políticas públicas, esferas de governo e experiências solidárias”, finaliza Carolina.
As cozinhas solidárias que ainda não se inscreveram para o programa, podem realizar o cadastro através do site Programa Cozinha Solidária — Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (www.gov.br).
Texto: Pâmella Atkinson – estagiária de Jornalismo
Supervisão: Jornalista Lisandro Lorenzoni – MTb. 12.480
Foto: Divulgação/MDS
Superintendência de Comunicação da Prefeitura de São Leopoldo
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